QUANDO ESTAMOS PREPARADOS?
A lei de amor governa os mundos. A Sabedoria Divina condiciona o chamado ao dever, no momento apropriado. Nunca antes, nem demasiado tarde.
A lei de causa e efeito, subordinada à lei de amor e refletindo a Justiça Divina, estabelece que a colheita da lavoura de nossos feitos obedece à semeadura empreendida, em dias próximos ou longínquos.
E porque o amor cobre a imensidão dos pecados, quando trabalhando no bem, os débitos de passados infelizes se vão diluindo, em suaves prestações, na exata medida das nossas condições.
Isso nos permite os resgates de erros, quando apresentamos o cabedal de forças morais próprio para o enfrentamento das adversidades.
Não existe improvisação na ordem Divina.
Em cada acontecimento de nossa vida, há um propósito superior, que direciona os nossos destinos.
Deus sabe a hora certa de nos conceder a bênção do trabalho, a colheita das realizações ou as intempéries dos sofrimentos e desafios, descortinando-nos novos aprendizados e horizontes.
É o Pai zeloso que dá ao filho o remédio amargo, que lhe há de restituir a saúde espiritual comprometida.
Assim sendo, seja qual for a situação que nos acometa, na atualidade, recordemos que no Universo não existe espaço para o acaso.
Se a doença malévola nos alcança, sirvamo-nos do tesouro que nosso coração abriga: as virtudes da paciência e da fé.
Se problemas de ordem material nos maltratam, exigindo exercícios de cálculos e renúncias, acionemos as virtudes da resignação e da perseverança.
Lembremos dos lírios do campo, que não fiam e nem tecem, e das aves do céu, que não semeiam, não colhem e nem ajuntam em celeiros, mas Deus, em Sua Infinita Misericórdia, jamais permite que lhes falte algo.
Mais fará por nós, Seus filhos imortais.
Se a incompreensão nos assalta o lar, asserenemo-nos e sejamos aqueles que mais amam, facilitando-nos a tranquilidade da mente.
Se nos vemos às voltas com o filho ingrato, apesar dos nossos esforços para que siga o bom caminho, seja a nossa a atitude compassiva semelhante à do pai do filho pródigo.
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No ciclo da vida, primeiro engatinhamos, depois andamos e só então corremos.
Nunca somos deserdados do auxílio dos que velam por nossa jornada terrena, anjos tutelares designados por Deus. E jamais recebemos tarefas superiores às nossas forças.
Tenhamos a certeza de que somente quando estamos preparados somos chamados para o ajuste de contas com a Contabilidade Divina.
Saibamos aquilatar o valor dos desafios de toda ordem, lapidando a pedra bruta da nossa alma, retirando-lhe as impurezas que impedem brilhe a nossa luz.
O autoconhecimento é o instrumento que nos liberta da ignorância e das ilusões do mundo, e nos coloca em contato com a verdade.
Sendo a infelicidade um estado inerente à imperfeição moral, quanto melhores nos tornarmos, maior a felicidade que experimentaremos.
Dessa maneira, neste hoje, coloquemos mais um tijolo na construção do edifício da nossa felicidade.
A felicidade plena nos alcançará um pouco mais tarde, mas nada nos impede de usufruirmos momentos felizes, desde agora.