Nova variante Stratus da Covid-19 é identificada no Brasil e já circula em 38 países

Imagem por pedro7merino/Shutterstock

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está monitorando uma nova variante do coronavírus, chamada Stratus, que pertence à linhagem Omicron, conhecida por sua alta transmissibilidade. A Stratus surgiu por meio do compartilhamento genético entre duas subvariantes anteriores: LF.7 e LP.8.1.2, e foi detectada inicialmente no Canadá. Atualmente, já circula em pelo menos 38 países, incluindo o Brasil, que confirmou casos nos estados de São Paulo e Ceará.

A variante Stratus se comporta de forma semelhante a outras sublinhagens da Omicron. Segundo especialistas, ela se replica principalmente no trato respiratório superior, o que facilita a disseminação, mas costuma causar quadros menos graves da doença. Os sintomas mais comuns associados à Stratus incluem tosse, fadiga, dor de cabeça, congestão nasal e febre, além de casos gastrointestinais em algumas pessoas. Uma característica notada por médicos e pesquisadores é a possibilidade de a infecção causar rouquidão, um sintoma menos recorrente em variantes anteriores da Covid-19.

Apesar da maior facilidade de contágio, a nova variante não parece representar risco elevado à saúde pública global, segundo a OMS. A entidade reforça que está realizando o rastreamento global da cepa, acompanhando sua disseminação e possíveis mutações, mas que não há motivo de alarme neste momento. O monitoramento contínuo visa prevenir cenários críticos e orientar políticas de saúde pública eficazes.

Outro ponto positivo destacado pelas autoridades sanitárias é que as vacinas atualmente disponíveis continuam eficazes contra a Stratus. Por isso, os especialistas ressaltam a importância da imunização completa como forma essencial de prevenção, tanto para evitar a propagação do vírus quanto para reduzir a gravidade dos casos em eventuais infecções.

No Brasil, os primeiros casos confirmados da variante reforçam a necessidade de manter a vigilância, especialmente em ambientes com grande circulação de pessoas. O Ministério da Saúde deve intensificar o rastreamento genômico e acompanhar os desdobramentos junto à OMS e outras autoridades internacionais.

A Stratus é mais um exemplo da evolução natural do coronavírus, que segue produzindo novas variantes a partir de mutações. Essas transformações ocorrem à medida que o vírus se adapta ao organismo humano e ao ambiente, algo que os cientistas já esperavam e que reforça a necessidade de atualizações periódicas nas estratégias de vacinação e monitoramento.

Até o momento, não há evidências de que a Stratus seja mais perigosa do que outras variantes em circulação. No entanto, como toda nova cepa, ela requer atenção e análise contínua para entender seu comportamento ao longo do tempo, especialmente quanto à sua transmissibilidade, gravidade dos casos e resposta imunológica.

A orientação de especialistas e da própria OMS é que a população mantenha os cuidados básicos, como vacinação em dia, higiene frequente das mãos, uso de máscaras em locais fechados ou com aglomeração e atenção a qualquer sintoma respiratório, mesmo leve.

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