Um homem investigado como cabeça de uma quadrilha especializada em golpes bancários digitais foi preso pela Polícia Civil do Paraná, em Curitiba. A organização é acusada de desviar mais de R$ 1,2 milhão em um esquema que teve como vítimas dois nomes de peso do futebol brasileiro: Gabriel Barbosa, o Gabigol, atualmente no Cruzeiro, e Walter Kannemann, do Grêmio.
A investigação, conduzida pelo Nuciber (Núcleo de Combate aos Cibercrimes) em parceria com a Polícia Civil de Rondônia, revelou um plano sofisticado iniciado entre agosto e setembro de 2024. O esquema só veio à tona meses depois, quando uma fintech identificou movimentações suspeitas envolvendo contas de clientes com alto perfil público.
O grupo criminoso utilizava identidades falsas, selfies de terceiros e documentos adulterados para abrir contas digitais em nome de laranjas. Uma vez com as contas ativas, os golpistas solicitavam a portabilidade dos salários das vítimas — transferindo valores expressivos para as contas fraudulentas.
Segundo a polícia, aproximadamente R$ 800 mil foram retirados da conta de Gabigol, enquanto outros R$ 400 mil pertenciam a Kannemann. Para dificultar o rastreamento, os valores eram rapidamente distribuídos entre diversas contas bancárias.
Durante a operação, além da prisão do principal suspeito na capital paranaense — contra quem havia dois mandados judiciais — outras quatro pessoas foram detidas, com capturas realizadas tanto no Paraná quanto em Rondônia. As buscas resultaram ainda na apreensão de mais de 15 celulares, documentos falsificados, identidades em branco e diversos materiais utilizados na aplicação dos golpes.