O Brasil alcançou um feito histórico no 41º Mundial de Ginástica Rítmica, realizado no Rio de Janeiro, ao conquistar a medalha de prata na competição geral por equipes. O resultado, inédito para o país, coloca o Brasil no pódio mundial da modalidade pela primeira vez e tem forte contribuição de atletas ligadas ao Paraná.
Com 55.250 pontos somados em duas apresentações — uma com cinco fitas e outra com três bolas e dois arcos — a Seleção Brasileira ficou apenas 0.300 pontos atrás do Japão, que conquistou o ouro. A Espanha completou o pódio com 54.750 pontos.
Entre as cinco ginastas que representaram o país, duas têm ligação direta com o Paraná. Mariana Gonçalves, curitibana de 20 anos, treina na Associação de Ginástica Rítmica (AGIR), projeto que recebe apoio do Programa Estadual de Fomento e Incentivo ao Esporte (Proesporte). Já Nicole Pircio, paulista de Piracicaba, reside e treina em Londrina, no Norte do estado, e foi bolsista do Programa Geração Olímpica e Paralímpica entre 2017 e 2024.
Além delas, o conjunto brasileiro foi formado por Maria Eduarda Arakaki, Maria Paula Caminha e Sofia Pereira. Juntas, elas garantiram a classificação para as finais dos dois aparelhos, com desempenho consistente e de alto nível técnico.
O feito das atletas do Paraná não se resume à competição em grupo. Na prova individual geral, a paranaense Bárbara Domingos, conhecida como Babi, terminou na 9ª colocação, o melhor resultado do Brasil na história dessa categoria. Atleta da AGIR e bolsista do Geração Olímpica e Paralímpica por mais de uma década, Babi já havia sido finalista olímpica em 2024 e campeã pan-americana individual.
O resultado expressivo da ginástica rítmica brasileira é reflexo de uma política contínua de incentivo ao esporte no Paraná. Desde 2018, o Proesporte já investiu R$ 83 milhões em 577 projetos esportivos em todo o Estado. Paralelamente, o Geração Olímpica e Paralímpica segue como o maior programa estadual de bolsas do país. Em 2025, foram concedidas 1.226 bolsas, com investimento de R$ 5,2 milhões viabilizados pela Copel.
Com estrutura, apoio técnico e políticas públicas bem definidas, o Paraná reforça sua posição como um dos principais polos formadores de talentos da ginástica rítmica no Brasil. A medalha no Mundial é, sem dúvida, um marco histórico para o esporte nacional e para o protagonismo paranaense na modalidade.