De olho no US Open 2025: tudo sobre o torneio e a estreia de João Fonseca na chave principal
O último Grand Slam da temporada começa neste domingo (23) em Nova York e promete mais uma edição histórica. O US Open 2025 reúne as maiores estrelas do circuito mundial de tênis, com disputas que vão do meio-dia até a madrugada no complexo Billie Jean King, em Flushing Meadows. Além de acompanhar nomes consagrados como Jannik Sinner, Carlos Alcaraz, Novak Djokovic, Aryna Sabalenka e Iga Swiatek, os brasileiros terão motivos especiais para torcer: a estreia de João Fonseca, jovem sensação de apenas 19 anos, na chave principal do torneio.
História e tradição do US Open
Disputado desde 1881, o US Open é o torneio mais antigo dos Estados Unidos e o único Grand Slam realizado de forma ininterrupta, mesmo durante as Grandes Guerras e a pandemia da Covid-19. Atualmente disputado em quadras duras, o evento é conhecido por seu ambiente vibrante, jogos noturnos e pelo pioneirismo: foi o primeiro Slam a oferecer premiação igual para homens e mulheres, em 1973.
Em 2025, o torneio bateu um novo recorde de premiação, com US$ 90 milhões distribuídos entre as categorias, sendo US$ 5 milhões para os campeões de simples masculino e feminino.
Favoritos no masculino e no feminino
No masculino, o italiano Jannik Sinner, atual número 1 do mundo e campeão do US Open em 2024, chega com moral, mas uma recente lesão em Cincinnati gerou dúvidas sobre sua condição física. Seu principal rival é o espanhol Carlos Alcaraz, que já conquistou o torneio em 2022 e lidera a temporada em títulos. O sérvio Novak Djokovic, dono de 24 Grand Slams e quatro troféus em Nova York, segue como ameaça constante, ao lado de nomes como Alexander Zverev, Taylor Fritz e o jovem americano Ben Shelton.
Entre as mulheres, o favoritismo está dividido entre Aryna Sabalenka, número 1 do ranking e atual campeã, e Iga Swiatek, campeã em 2022 e dona de quatro títulos de Roland Garros. A americana Coco Gauff, que brilhou em 2023, e a jovem russa Mirra Andreeva aparecem como possíveis surpresas.
João Fonseca: estreia aguardada
O grande destaque brasileiro em 2025 é João Fonseca, que disputa pela primeira vez a chave principal do US Open. O carioca, número 44 do mundo, já deu mostras de seu potencial: foi campeão juvenil do torneio em 2023, venceu Andrey Rublev no Australian Open deste ano e chegou à terceira rodada em Roland Garros e Wimbledon. Sua estreia será contra o sérvio Miomir Kecmanovic, atual 45º do ranking.
O convite para jogar uma exibição ao lado do argentino Juan Martín Del Potro e do americano Andy Roddick, na última semana, reforça o prestígio do jovem brasileiro com a organização. Para muitos analistas, Fonseca é visto como um dos talentos mais promissores do circuito e pode surpreender em Nova York.
Beatriz Haddad Maia sob pressão
No feminino, a número 1 do Brasil, Beatriz Haddad Maia, chega com a missão de defender os 430 pontos conquistados em 2024, quando alcançou as quartas de final. O momento, porém, não é dos melhores: Bia sofreu eliminações precoces nos últimos torneios e venceu apenas dois jogos em quadra dura na temporada. Sua estreia será contra a britânica Sonay Kartal, em busca de recuperação.
Brasileiros nas duplas, juvenil e tênis em cadeira de rodas
Além de Fonseca e Bia nas simples, o Brasil estará representado em diversas frentes: nomes como Marcelo Melo, Rafael Matos e Luisa Stefani devem atuar nas duplas; jovens talentos como Victoria Barros e João Pedro Bonini disputarão a chave juvenil; e no tênis em cadeira de rodas, Vitória Miranda, Luiz Calixto e Daniel Rodrigues reforçam a equipe nacional.
Expectativa brasileira
Com João Fonseca estreando em um palco que já conhece desde a categoria juvenil e Bia Haddad buscando recuperação, o Brasil chega ao US Open 2025 com esperança de bons resultados. Mais do que pontos no ranking, a campanha dos brasileiros simboliza o crescimento do tênis nacional em competições de elite. A promessa é de duas semanas de grandes emoções em Nova York com brasileiros prontos para escrever novos capítulos em uma das arenas mais icônicas do esporte mundial.
