Nesta segunda-feira (30/6), durante uma chuva intensa e temperatura que chegou a 6 °C (com sensação térmica perto de 2 °C), Curitiba superou um marco histórico: 1.579 pessoas em situação de rua passaram a noite em segurança nos abrigos da Prefeitura. É o maior número de acolhimentos desde a criação da Fundação de Ação Social (FAS), em 1993.
A Operação Inverno 2025, coordenada pela FAS em parceria com a Defesa Civil, entrou em campo para garantir proteção e dignidade aos mais vulneráveis — e seguirá reforçando as ações até quinta-feira (3/7). Noite a noite, as equipes saem às ruas e nas estações do frio atuam entre 18h e 1h, momento em que os termômetros mais castigam.
Como foi o trabalho
- Abordagens de rua: 236 no total. Dessas, 99 pessoas foram conduzidas pela FAS a casas de passagem e hotéis sociais; outras duas, em estado de saúde crítico, foram encaminhadas ao pronto atendimento. Os demais acolhidos já estavam em abrigos ou chegaram por conta própria.
- Perfil dos acolhidos: 208 homens, 27 mulheres e 1 pessoa trans.
- Chamados da população: 124 acionamentos via Central 156 ajudaram a localizar quem ainda resistia ao abrigo.
- Recusas e cuidados: 135 pessoas optaram por permanecer na rua; para elas, foram distribuídos 115 cobertores e mantas térmicas.
Estrutura disponível
- Vagas fixas: 1.640 leitos, em 33 unidades (19 exclusivas para população de rua).
- Vagas emergenciais: 83, ativadas quando a temperatura cai a 8 °C ou menos (80 para homens; 3 para mulheres).
- Atendimento: refeições, banho quente, roupas limpas, higiene pessoal e equipe técnica para apoio psicossocial.
Próximos passos
Se a ocupação ultrapassar 90%, o Plano de Contingência Municipal prevê a abertura de abrigos provisórios em escolas, ginásios ou centros comunitários — reforçando o compromisso de Curitiba com a proteção de quem mais precisa.