A terça-feira (1º) começou com ação pesada da Polícia Federal e do Ministério Público no oeste do Paraná. Um homem acusado de integrar o Primeiro Comando da Capital (PCC) foi preso em Cascavel, sob a acusação de ser o cérebro por trás de um esquema milionário de lavagem de dinheiro da facção.
Segundo as investigações, o suspeito movimentava valores expressivos por meio de empresas de fachada e familiares usados como “laranjas”. O dinheiro vinha diretamente do tráfico de drogas operado na região de fronteira — uma área estratégica para o crime organizado.
A Justiça determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 18 milhões em bens, entre eles imóveis de luxo em Cascavel, Foz do Iguaçu e no litoral de Santa Catarina, além de carros de alto padrão. Ao todo, cinco mandados judiciais foram cumpridos em cidades do Paraná e em Balneário Camboriú (SC).
Durante a operação, os agentes apreenderam celulares, computadores, documentos, dinheiro vivo e outros objetos que podem comprovar a atuação da quadrilha.
O investigado tem um passado pesado no mundo do crime. Ele já foi condenado pela 2ª Vara Criminal de Maringá a 20 anos e 2 meses de prisão por tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. Mas sua ficha continua crescendo.
Atualmente, responde a outro processo em Foz do Iguaçu, desta vez por tráfico, posse ilegal de armas e munições, e novos indícios de lavagem de capitais.
Em 2017, ele já havia sido preso no Paraguai com documentos falsos, armas e mais de 60 mil dólares, além de dois veículos. Após ser extraditado, começou a cumprir pena no Brasil, passando pela Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu e, posteriormente, sendo transferido para o presídio federal de Mossoró (RN), devido à sua periculosidade. Ele deixou a unidade em janeiro de 2022.
Agora, volta ao centro das atenções da Justiça, acusado de manter vivo o esquema financeiro de uma das maiores organizações criminosas do país.