Ex-prefeito de Guaratuba é alvo de ação por supersalários e prejuízo de R$ 6,6 milhões

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O Ministério Público do Paraná ingressou com uma ação de improbidade administrativa contra o ex-prefeito de Guaratuba, Roberto Justus. Ele é acusado de autorizar pagamentos irregulares a 19 servidores, que teriam recebido salários acima do teto permitido por lei — ultrapassando até mesmo o valor do subsídio do prefeito — entre 2022 e 2024. O rombo estimado nos cofres públicos é de R$ 6,6 milhões.

A ação, movida pelo promotor Bruno Schuck de Medeiros, tramita na Vara da Fazenda Pública de Guaratuba, sob responsabilidade da juíza Giovanna de Sá Rechia. O MP pede a condenação de Justus com perda de direitos políticos por até 12 anos, proibição de contratar com o poder público e devolução integral do valor desviado, com correção e juros.

Segundo o MP, mesmo após decisões judiciais e alertas do Tribunal de Contas determinando a regularização dos salários, Justus teria ignorado as ordens e mantido os pagamentos indevidos. Alguns servidores chegaram a receber até R$ 600 mil acima do teto constitucional.

A ação compromete o futuro político de Justus, que era cotado para cargos no governo estadual e pretendia disputar uma vaga na Assembleia Legislativa em 2026. A derrota de sua candidata à prefeitura em 2024 já havia enfraquecido seu grupo político. Nos bastidores de Guaratuba, comenta-se que esta é apenas a primeira de várias investigações que podem vir à tona.

Roberto Justus não foi localizado para comentar o caso. O espaço segue aberto para sua manifestação.

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