O ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de 82 anos, foi diagnosticado com uma forma agressiva de câncer de próstata, conforme anunciado por seu gabinete no domingo (18). O diagnóstico gerou uma onda de solidariedade bipartidária, unindo até mesmo antigos rivais, como Barack Obama e Donald Trump, em mensagens de apoio.
A revelação ocorreu após um exame físico de rotina identificar um nódulo na próstata, que foi confirmado como cancerígeno e com metástases ósseas. Embora o tratamento ainda esteja sendo definido, médicos afirmam que o câncer é sensível a hormônios, o que pode permitir uma abordagem terapêutica eficaz.
Barack Obama foi um dos primeiros a se manifestar, escrevendo nas redes sociais: “Ninguém fez mais para encontrar tratamentos inovadores contra o câncer do que Joe. Michelle e eu estamos pensando na família Biden neste momento difícil. Ele enfrentará isso com determinação e elegância.”
Donald Trump, seu oponente histórico, também surpreendeu ao emitir uma nota solidária: “Melania e eu estamos entristecidos com o diagnóstico do presidente Biden. Enviamos nossos melhores desejos a ele, Jill e a toda a sua família.”
Líderes internacionais, como o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e o presidente de Taiwan, Lai Ching-te, também enviaram votos de rápida recuperação, demonstrando uma rara comoção global.
Nos bastidores de Washington, o diagnóstico reacende especulações sobre a capacidade de Biden de permanecer ativo politicamente, especialmente após os desafios nas prévias democratas e sua desistência da candidatura à reeleição em 2024. Mesmo fora do cargo, Biden continua sendo uma figura central em debates sobre Previdência, mudança climática e política externa.
A comunidade democrata busca manter coesão enquanto se reorganiza para as eleições legislativas deste ano, que prometem disputas acirradas pelo controle do Congresso. A doença de Biden se torna, assim, um drama humano e um novo eixo de movimentação geopolítica e eleitoral, com potencial para impactar a base do partido e o humor do eleitorado.
Apesar da onda de apoio, algumas vozes da extrema direita americana levantaram teorias conspiratórias. Donald Trump Jr. questionou nas redes sociais se o diagnóstico não teria sido “encoberto” por Jill Biden, o que foi amplamente criticado por lideranças de ambos os partidos, que consideraram a postagem “nojenta” e desrespeitosa.
No entanto, a repercussão predominante foi de empatia e preocupação com a saúde de Biden. Manifestações de apoio surgiram em diversas partes dos Estados Unidos e do mundo, inclusive de setores que tradicionalmente se opõem ao ex-presidente.